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Segundo dia de conflito armado e aumento da violência interna no Equador


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Segundo dia de conflito armado e aumento da violência interna no Equador

Nas últimas horas, cidades do país foram alvo de invasões, explosões e sequestros, levando o governo a autorizar as Forças Armadas a realizar operações para neutralizar grupos criminosos. Em meio aos incidentes, o presidente declarou estado de exceção, implementando um toque de recolher e restringindo direitos fundamentais. As Forças Armadas também foram mobilizadas para apoiar o trabalho da polícia.

O caos e a violência se intensificaram no Equador, com registros de sequestros e invasões em várias cidades. A fuga de líderes criminosos, como Fito e Fabricio Colón Pico, gerou grande preocupação. Ataques a locais como uma emissora de TV e uma universidade ocorreram, resultando em mortes e feridos. Tentativas de motim em presídios e sequestros de policiais também foram relatados.

Diante dessa escalada de violência, o presidente do Equador declarou conflito armado interno, envolvendo o Exército no combate às facções criminosas. Foram consideradas organizações terroristas 22 facções criminosas e “atores beligerantes não estatais”. As Forças Armadas foram autorizadas a realizar operações militares para “neutralizar” esses grupos, sempre respeitando os direitos humanos.

Além disso, a crise no Equador motivou a adoção de medidas por parte do governo e de autoridades de outros países. As aulas presenciais foram suspensas em todo o país, políticos manifestaram apoio ao governo no combate ao crime organizado, a sede presidencial e as estações de metrô foram colocadas sob militarização e houve envio de reforços policiais para a fronteira com o Peru. O Brasil também acompanha a situação com preocupação, uma vez que o presidente equatoriano foi eleito com a promessa de enfrentar com firmeza os grupos de traficantes.

No intuito de combater a criminalidade de forma mais eficiente, o presidente anunciou a construção de presídios de segurança máxima em duas províncias. Essas unidades serão similares às já existentes em El Salvador.

No Equador, o cenário atual é de uma guerra contra gangues que tem gerado uma escalada de violência preocupante. Vídeos circulando nas redes sociais mostram supostas execuções de agentes penitenciários e policiais sendo feitos reféns, evidenciando a gravidade da situação.

Diante da intensificação da violência dentro das prisões, o presidente atribuiu o aumento dos confrontos à sua determinação em “recuperar o controle oficial” sobre os presídios. Ele destacou que não irá negociar com terroristas e que continuará seus esforços para devolver a paz à população equatoriana.

O Equador, localizado entre Colômbia e Peru, dois dos maiores produtores mundiais de cocaína, se transformou em um importante centro do tráfico internacional de drogas. A disputa entre gangues pela dominação das ruas, prisões e rotas do tráfico tem agravado a situação, transformando o país em um verdadeiro campo de guerra.

Os números alarmantes evidenciam a gravidade da situação. Somente em 2023, o país registrou mais de 7,8 mil homicídios e apreendeu 220 toneladas de drogas, estabelecendo novos recordes. Os confrontos entre presos, desde 2021, já resultaram na morte de mais de 460 pessoas. Além disso, os homicídios nas ruas cresceram quase 800% entre 2018 e 2023, saltando de 6 para 46 por 100 mil habitantes.

Diante desses números assustadores, o Observatório Equatoriano do Crime Organizado estima que aproximadamente 3.600 pessoas foram assassinadas apenas este ano no país. A situação exige ações enérgicas e urgentes para conter a violência e garantir a segurança da população equatoriana.






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