Notícias | “Sob o mesmo guarda-chuva: Álbum reacende o legado do samba de Gonzaguinha, unindo várias gerações de músicos”

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“Sob o mesmo guarda-chuva: Álbum reacende o legado do samba de Gonzaguinha, unindo várias gerações de músicos”


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“Sob o mesmo guarda-chuva: Álbum reacende o legado do samba de Gonzaguinha, unindo várias gerações de músicos”

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, foi um cantor e compositor carioca que nasceu e cresceu no Morro de São Carlos, no Estácio. Ele encontrou sua própria cadência no mundo do samba. Gonzaguinha foi um artista engajado e lutou pela justiça e pela esperança em um Brasil melhor. Suas músicas refletiam tanto sua revolta com o regime ditatorial dos anos 1960 como sua fé em um futuro mais promissor.

Sombrinha, um dos grandes compositores revelados nos quintais cariocas, selecionou o repertório do álbum “Viver Gonzaguinha – Os sambas do Morro de São Carlos” que será lançado em breve. O álbum contará com 14 músicas de Gonzaguinha e terá a participação de sete convidados especiais. O objetivo é dar uma nova vida às canções pouco conhecidas do cantor, explorando diferentes gêneros musicais como o bolero e o xote, além do samba tradicional.

Uma das faixas destaque do álbum é “Bom dia”, um samba lançado em 1985 por Neguinho da Beija-Flor e Gonzaguinha. A música ganha um novo registro com a participação dos convidados especiais do álbum, como Criolo, Elba Ramalho, Larissa Luz, Martinho da Vila, Vidal Assis, Yvison Pessoa e Zélia Duncan. Outra música que merece destaque é “Pá-nela”, que foi gravada apenas por Roberto Ribeiro e trata-se de um protesto contra a fome. Martinho da Vila também participa dessa gravação e traz um clima de terreiro para a música.

O álbum “Viver Gonzaguinha – Os sambas do Morro de São Carlos” é uma forma de resgatar e manter viva a obra desse importante artista do samba brasileiro. Mesmo depois de tanto tempo, as letras de Gonzaguinha continuam relevantes e refletem a realidade do Brasil, especialmente em tempos de pandemia. Suas canções são um lembrete de que precisamos manter a esperança e resistir aos obstáculos em busca de dias melhores.

Neste artigo, iremos abordar o arranjo percussionista de Carlinhos 7 Cordas em uma faixa destacada do disco de Gonzaguinha. Além disso, discutiremos alguns dos sambas menos conhecidos do cantor, como “Tem dia que de noite é assim mesmo” e “Fala Brasil”.

Um destaque vai para a música “Fala Brasil”, que foi apresentada também por Roberto Ribeiro no álbum “Massa, raça e emoção” em 1981, mesmo ano em que Gonzaguinha gravou a música em parceria com o próprio Roberto Ribeiro para o álbum “Coisa mais maior de grande – Pessoa”. O arranjo da faixa conta com a participação do clarinete de Dirceu Leite e foi feito pelo tecladista Fernando Merlino.

Outra música mencionada é “Recado”, lançada em 1978, que traz uma forte mensagem ativista do compositor. Nessa faixa, Gonzaguinha conta com a participação especial de Zélia Duncan.

Em uma vibe mais romântica, Gonzaguinha apresenta a toada “Espere por mim, morena” (1976), que traz uma delicadeza que é destacada pela voz de Vidal Assis. Além disso, a música “O que é o que é” (1982) ganhou uma nova interpretação por Sombrinha e Larissa Luz.

Sombrinha, por sua vez, demonstra sua empolgação em faixas como “E vamos à luta” (1980) e “O Homem falou” (1985), que foi regravada por Maria Rita para o álbum “Samba meu” (2007). Por outro lado, em “Comportamento geral” (1972), Gonzaguinha demonstra seu lado irônico e revoltado.

A faixa “Com a perna no mundo” (1979) soa um pouco deslocada na voz de Sombrinha, pois tem uma letra autobiográfica em que Gonzaguinha celebra suas batalhas enfrentadas na música brasileira. No entanto, Sombrinha apresenta o disco como uma união de gerações de bambas, mantendo empunhadas as bandeiras da democracia e da resistência que foram tão presentes na obra de Gonzaguinha nas décadas de 1970 e 1980.






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