Surto de Dengue em Campinas: Autoridades de Saúde alertam para aumento de casos na segunda metade do mês e recomendam cautela

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Surto de Dengue em Campinas: Autoridades de Saúde alertam para aumento de casos na segunda metade do mês e recomendam cautela
Segundo a diretora do Devisa, Andréa Von Zuben, os casos de dengue na metrópole não estão diminuindo, e é vital não transmitir uma sensação de segurança enganosa à população. O órgão de saúde tem observado um aumento nas notificações de casos suspeitos nas unidades de saúde da região, totalizando 45.149 casos confirmados até o momento.
A previsão é que o pico de transmissão da doença seja atingido após a segunda quinzena de abril, mas é desafiador estimar a quantidade de casos. Von Zuben ressalta a imprevisibilidade da dengue e a incerteza se o número de casos ultrapassará os 100 mil. Ela destaca os esforços significativos da máquina pública para evitar esse cenário.
As projeções apontam que os números podem superar o pico de 75 mil casos registrado em 2015, podendo chegar a 100 mil ou mais em um período de três a oito semanas. O impacto sobre os sistemas de saúde, tanto público quanto privado, pode ser considerável.
Embora os casos registrados até abril já representem 45% do pico previsto para o próximo mês, a Saúde emite dois alertas importantes: o total de casos em 2024 já ultrapassa o mesmo período de 2015, ano da maior epidemia, e a tendência é que os números aumentem antes de cair, previstos para junho e julho, reforçando a importância de manter a vigilância e não relaxar nas medidas de prevenção.
Andréa destaca que ainda há dificuldades em combater a proliferação do mosquito transmissor dentro das residências, devido à presença contínua de criadouros. Ações incluem direcionamento de recursos, agilidade nas aquisições de insumos e reforço de equipes para enfrentar a situação.
A população é orientada a buscar atendimento médico em caso de febre associada a dois sintomas, como dor de cabeça, dores no corpo, náusea, vômito, manchas na pele, ou dor nos olhos. Sintomas mais graves como tontura, dor abdominal intensa, vômitos frequentes, suor frio e sangramentos requerem atenção imediata em prontos-socorros ou UPAs.
Além disso, a cidade enfrenta a circulação simultânea de três sorotipos da dengue pela primeira vez, ressaltando a importância de não subestimar os sintomas. A doença provoca febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, e em casos mais graves, vômitos e diarreia, podendo levar à desidratação.
Neste artigo, serão abordadas medidas preventivas contra a proliferação de insetos, especialmente mosquitos. Recomenda-se o uso de telas de proteção nas janelas com buracos de até 1,5 milímetros, manter portas e janelas fechadas nos horários de maior atividade desses insetos e manter o ambiente limpo, evitando acúmulo de materiais que possam se tornar criadouros.
Outras dicas importantes incluem manter tonéis e caixas d’água tampados, calhas limpas, garrafas viradas com a boca para baixo e lixeiras bem tampadas. Ralos devem ser mantidos limpos e com tela, pratos de vasos de plantas podem receber areia semanalmente e potes de água para animais devem ser limpos com regularidade.
É aconselhável também manter acessórios de decoração externos livres de acúmulo de água, evitar água parada em pneus e calhas, usar repelentes elétricos e velas de citronela próximos às janelas. Produtos de higiene com perfume devem ser evitados, pois podem atrair insetos, e é recomendado retirar água acumulada em áreas como atrás de máquinas de lavar roupas.