“Tentativa de atentado em voo saindo de Porto Velho é retratada em novo filme”
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“Tentativa de atentado em voo saindo de Porto Velho é retratada em novo filme”
No dia 29 de setembro de 1988, um avião Boeing 737-300 operado pela extinta Viação Aérea São Paulo (Vasp) decolou de Porto Velho com destino ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. No entanto, o voo teve escalas em Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.
Após a última escala em Belo Horizonte, 60 pessoas embarcaram no avião. Porém, logo após a decolagem, um passageiro chamado Raimundo Nonato anunciou o sequestro da aeronave e ordenou que os pilotos mudassem a rota em direção a Brasília.
O sequestrador tinha como objetivo colidir o avião contra o Palácio do Planalto e acertar contas com o então presidente José Sarney. A motivação seria o descontentamento com as ações políticas adotadas pelo presidente e a instabilidade financeira da época.
Durante o sequestro, Raimundo matou o copiloto com um tiro na nuca. Passageiros e um comissário também ficaram feridos. No entanto, o piloto Fernando Murilo de Lima e Silva conseguiu evitar um desfecho trágico ao enganar o sequestrador sobre a visibilidade em Brasília e realizar manobras perigosas para desequilibrá-lo.
Após todas as tentativas, o piloto decidiu realizar uma queda em parafuso de nove mil metros para deter o sequestrador. Apesar disso, Raimundo acabou sobrevivendo e negociou com a polícia para obter uma aeronave menor para fugir. No entanto, durante a tentativa de fuga, ele foi baleado e faleceu posteriormente em um hospital em Goiânia.
O sequestro do voo 375 da Vasp foi um dos primeiros casos envolvendo sequestro de aviões no Brasil. Desde então, houve melhorias significativas na segurança da aviação, com a implementação de detectores de metais nos aeroportos, por exemplo.
