Trump sai na frente em primeiros testes eleitorais nos EUA
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Trump sai na frente em primeiros testes eleitorais nos EUA
Os eleitores republicanos do estado de Iowa, nos Estados Unidos, votaram nos pré-candidatos do partido, e as projeções indicavam a vitória de Donald Trump. Essas votações servem como um termômetro para as eleições presidenciais de novembro de 2024, que deverão ter uma disputa acirrada entre Joe Biden e Donald Trump. Nos EUA, o voto é indireto, ou seja, os eleitores escolhem representantes dos candidatos que desejam eleger. Quem tiver mais representantes, chamados de delegados, vence a disputa.
As pesquisas de boca de urna mostram que a principal preocupação dos eleitores de Iowa é a política de imigração, o que indica que questões econômicas podem não ser o principal fator na escolha dos candidatos. Donald Trump, por exemplo, é conhecido por suas políticas restritivas de imigração, como a proposta de construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México.
É importante ressaltar que essas votações em Iowa acontecem simultaneamente ao julgamento de um dos quatro processos judiciais enfrentados por Donald Trump. Mesmo que seja condenado em algum deles, caso vença as eleições, ele ainda poderia governar de acordo com as leis do país.
Pelo lado democrata, também houve caucus em Iowa, mas os eleitores não votam no processo. A votação para definir o candidato do partido acontecerá por meio do voto por correio em março. Joe Biden é considerado o favorito.
O sistema eleitoral dos EUA é composto pelos caucus, que são assembleias nas quais os eleitores debatem e votam no candidato de sua preferência. Essa forma de votação tem um poder simbólico em Iowa, mas o estado não tem sido um termômetro do apoio nacional para os republicanos. Nos últimos três prévias, os vencedores em Iowa não se tornaram os candidatos republicanos.
Recentemente, foi observado que uma parte dos republicanos dos Estados Unidos, especialmente da comunidade cristã evangélica, tende a apoiar candidatos mais conservadores socialmente. Isso é relevante ao considerar que os caucus de Iowa, que ocorrem há mais de 50 anos, marcam o início do complexo calendário eleitoral que determina a presidência do país.
Os caucus são uma série de assembleias realizadas em todo o estado de Iowa, envolvendo militantes partidários. Nas eleições americanas, a votação para presidente é feita por delegados selecionados através dessas assembleias, juntamente com as primárias. O processo começa com um debate, durante o qual os participantes devem permanecer presentes do início ao fim. Os delegados, representantes de cada candidato, têm a oportunidade de fazer discursos a favor ou contra os pré-candidatos, além de discutir outros temas partidários internos. Após o debate e os discursos, ocorre a votação em cédulas de papel, onde cada eleitor escolhe delegados que representam o pré-candidato de sua preferência para a convenção do partido. Especialistas e eleitores dos Estados Unidos têm criticado esse processo por considerá-lo arcaico e menos acessível do que as primárias, uma vez que os eleitores devem estar presentes do início ao fim do evento para votar. Vale destacar que o sistema de caucus, embora já tenha sido amplamente utilizado, é atualmente exclusivo dos Estados Unidos.
Quanto aos possíveis candidatos do Partido Republicano, é notável que Donald Trump continua sendo uma figura popular entre os eleitores republicanos, apesar de enfrentar quatro casos criminais em separado. De acordo com pesquisas, cerca de 61% dos eleitores republicanos planejam votar em Trump. Outros candidatos em destaque incluem Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, que conta com aproximadamente 12% de apoio entre os republicanos. Ron DeSantis, atual governador da Flórida, é conhecido por ter posicionamentos mais conservadores que Trump em questões sociais, mas tem enfrentado dificuldades para ganhar destaque. Vivek Ramaswamy, ex-investidor e executivo de biotecnologia, fundou uma empresa para pressionar corporações a abandonarem iniciativas ambientais, sociais e de governança corporativa. Por fim, Asa Hutchinson, ex-governador do Arkansas, também é um nome a ser considerado na disputa.
