Notícias | 40 anos da Marquês de Sapucaí: reviva e entoe os grandes sambas que marcaram época no Carnaval.

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40 anos da Marquês de Sapucaí: reviva e entoe os grandes sambas que marcaram época no Carnaval.


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40 anos da Marquês de Sapucaí: reviva e entoe os grandes sambas que marcaram época no Carnaval.

A partir de 1984, as arquibancadas se transformaram em verdadeiros espetáculos de carnaval, embaladas por sambas-enredo memoráveis que ultrapassaram os limites da Apoteose e continuam sendo cantados até os dias de hoje. Um especial intitulado “Apoteose do Samba – 40 anos de Sapucaí” relembrou dezesseis dessas composições, reunindo as 12 escolas do Grupo Especial que tocaram e cantaram juntas os hinos mais marcantes da história.

Dentre os sambas icônicos apresentados, destacam-se Acadêmicos do Grande Rio (2022), Salgueiro (1993), Beija-Flor de Nilópolis (1989), Caprichosos de Pilares (1985), Estação Primeira de Mangueira (2002), e outras escolas emblemáticas. O especial foi marcado por momentos emocionantes e nostálgicos, relembrando a grandiosidade e a força da música carnavalesca.

Um dos destaques do desfile foi a Grande Rio de 2022, que apresentou um potente desfile inspirado no orixá dos caminhos. O samba, intitulado “Fala, Majeté! As 7 chaves de Exu”, foi assinado por renomados compositores do cenário carioca, como Gustavo Clarão e Arlindinho Cruz, entre outros.

O Salgueiro de 1993 também marcou presença com seu icônico samba “Explode, coração, na maior felicidade! É lindo o meu Salgueiro, contagiando e sacudindo essa cidade!”. A composição, que conquistou o 8º título da escola, segue sendo lembrada e vibrada pelos foliões até hoje.

Outra performance inesquecível foi a da Beija-Flor de Nilópolis de 1989, que brilhou com seu desfile impactante sobre o tema do lixo. O samba enredo “Ratos e urubus, larguem minha fantasia” embalou um dos desfiles mais marcantes da história do carnaval carioca, com Joãosinho Trinta à frente da ousada proposta.

A Caprichosos de Pilares de 1985 trouxe um samba irreverente que falava de saudades e críticas sociais da época. O refrão marcante “Tem bumbum de fora pra chuchu! Qualquer dia é todo mundo nu!” ainda ecoa na memória dos apaixonados pelo carnaval, ressaltando a originalidade da escola naquele ano.

Por fim, a Mangueira de 2002 encantou a todos com uma declaração de amor ao Nordeste e ao seu povo, destacando a importância e a diversidade cultural da região. O samba “Brazil com Z é pra Cabra da Peste. Brasil com S é Nação do Nordeste” emocionou o público e rendeu mais um título à tradicional escola de samba.

No desfile da Imperatriz Leopoldinense em 1989, a escola apresentou um enredo que se destacou pela brilhante defesa do samba de Amendoim e Lequinho. Com um arrasta-pé animado ao som da sanfona e do triângulo, a agremiação homenageou elementos como o Rio São Francisco e Padre Cícero, ao mesmo tempo em que fez um chamado claro com a frase “Pau de arara nunca mais!”.

Em 1989, o desfile da Imperatriz foi marcado por um tema que exaltava a liberdade, resultando em uma apresentação perfeita que conquistou a vitória em todos os quesitos. Enquanto isso, a Beija-Flor teve algumas notas 9 descartadas, o que causou um desempate disputado. O samba-enredo, defendido por Dominguinhos e composto por Jurandir, Niltinho Tristeza, Preto Jóia e Vicentinho, contou a história emocionante de Isabel, a heroína que assinou a lei da abolição da escravidão.

O carnaval de 1982 foi marcante para o Império Serrano, que apresentou um samba-enredo crítico às grandes escolas de samba comercializadas, destacando sua tradição e autenticidade. Com “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, a escola conquistou seu 9º título no Grupo Especial, deixando claro seu posicionamento em relação ao cenário do carnaval da época.

Em 1990, a Mocidade celebrou seu cinquentenário com um desfile memorável que resultou em conquista do título. A agremiação homenageou figuras importantes como Mestre André, Arlindo Rodrigues e Fernando Pinto, relembrando sucessos como “O Descobrimento do Brasil” e “Ziriguidum 2001”.

Em 2018, a Tuiuti fez história ao garantir o segundo lugar com um enredo que questionava a situação da escravidão contemporânea. Com um samba de forte impacto social, a escola se destacou através da mensagem de luta e resistência contra a exploração de pessoas. Trechos como “Preto Velho me contou: onde mora a Senhora Liberdade não tem ferro nem feitor” ecoaram fortemente no desfile.

O post aborda a questão da escravidão comparada às injustiças trabalhistas atuais, fazendo uma análise crítica sobre o tema. A Portela foi destaque no Sambódromo com homenagens a figuras importantes da escola, marcando a estreia do local. O desfile foi dividido em dois dias, e Portela e Mangueira se destacaram, com a primeira levando a melhor.

A União da Ilha também teve seus momentos memoráveis em desfiles de 1989 e 1991, com clássicos do samba sendo entoados pela multidão. Já a Unidos da Tijuca surpreendeu com um desfile arrebatador em 2010, encerrando um longo jejum de títulos. A Vila Isabel, por sua vez, fez história em 1988 ao abordar a questão do preconceito em seu desfile.

A Porto da Pedra teve seu destaque em 1997 com um enredo que abordava a loucura da vida, conquistando o 5º lugar no desfile. Já a Viradouro também teve seu momento em 1997, mostrando a diversidade e a criatividade presentes no mundo do samba.

A escola de samba Vermelha e Branca de Niterói conquistou seu primeiro título com um desfile marcante idealizado por Joãosinho Trinta, que se tornou o carnavalesco com mais campeonatos até os dias de hoje. O enredo abordava o tema do big-bang, com o nome “Trevas! Luz! A explosão do Universo”, criado por Dominguinhos do Estácio, Flavinho Machado, Heraldo Faria, e Mocotó. O destaque foi a execução na Avenida, com as incríveis paradinhas interpretadas pelo Mestre Ciça.

O refrão “Vou cair na gandaia com a minha bateria! No balanço da mulata, a explosão de alegria” ecoava durante o desfile, embalando os foliões ao som do funk. A performance da escola foi eletrizante e deixou uma marca histórica no universo do carnaval.

A data do carnaval é calculada de acordo com as tradições da Igreja Católica, seguindo o calendário litúrgico que determina a ocorrência da Quarta-feira de Cinzas. Esta data marca o início da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa. Sendo assim, a terça-feira que antecede o início da Quaresma é considerada o último dia de festas carnavalescas, definindo cada ano a data em que o carnaval ocorrerá.






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