Notícias | Escolas na Ucrânia se Refugiam no Subterrâneo em Meio à Guerra para Manter Funcionamento

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Escolas na Ucrânia se Refugiam no Subterrâneo em Meio à Guerra para Manter Funcionamento


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Escolas na Ucrânia se Refugiam no Subterrâneo em Meio à Guerra para Manter Funcionamento

Mísseis são disparados contra a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, vindos da fronteira russa próxima, colocando a população em constante perigo. Os edifícios escolares e playgrounds estão há muito fechados devido à ameaça constante. Com a guerra em andamento há quase três anos, o povo de Kharkiv precisa procurar refúgio subterrâneo para garantir sua segurança.

Para as crianças, a vida continua nas estações de metrô transformadas em salas de aula. Autoridades locais implementaram aulas subterrâneas, oferecendo uma oportunidade única para os jovens, como Nika Bondarenko, de 6 anos, se reunirem e aprenderem juntos novamente, após longos períodos de educação à distância devido à situação de guerra.

Com quase 700 vagas de jardim de infância e um número ainda maior de alunos freqüentando as aulas no subsolo, a comunidade de Kharkiv busca manter a normalidade e oferecer apoio psicológico aos que perderam entes queridos ou enfrentaram traumas emocionais devido aos conflitos.

Embora a guerra tenha forçado muitas famílias a viverem temporariamente no metrô, a esperança se renovou quando as tropas russas recuaram em setembro de 2022, permitindo que os moradores retornassem a suas casas, ainda sob a ameaça de ataques aéreos constantes.

Apesar do risco constante representado pelas sirenes de ataques aéreos e mísseis, a comunidade de Kharkiv busca manter um semblante de normalidade e segurança para suas crianças, garantindo que, pelo menos enquanto estão nas aulas subterrâneas, possam desfrutar de um momento de proteção e aprendizado.

Uma cidade que enfrenta a ameaça iminente da guerra, Kharkiv está se preparando para a proteção de seus cidadãos, principalmente das crianças. A proximidade da fronteira russa torna a situação ainda mais delicada, com ataques aéreos aumentando desde dezembro. As autoridades locais estão conscientes da necessidade de modernizar seus sistemas de defesa aérea para garantir a segurança da população.

Como parte de seus esforços de preparação, Kharkiv está construindo escolas subterrâneas mais permanentes para abrigar os alunos em meio aos conflitos. Uma nova escola, localizada no distrito de Industrialny, está sendo estruturada debaixo de uma quadra esportiva, com salas de aula a cinco metros abaixo da superfície, preparadas para acomodar até 900 alunos em dois turnos.

Essa iniciativa de construir escolas subterrâneas lembra os bunkers nucleares da época da Guerra Fria, mas é uma medida de segurança necessária dadas as circunstâncias atuais. O prefeito ressalta a importância de garantir que as crianças tenham o direito de estudar, mesmo em tempos de conflito, e está planejando expandir essas estruturas para outros distritos da cidade.

Apesar dos desafios e dos trágicos eventos recentes, como a tragédia que atingiu a jovem Maryna Ovcharenko e sua família, o espírito de resistência e esperança permanece vivo em Kharkiv. Mesmo diante da destruição e perdas, as pessoas se unem, valorizam a vida e a sobrevivência. A mensagem de perseverança ressoa nas palavras daqueles que chamam Kharkiv de “cidade inquebrável”, onde a resiliência é parte integrante do cotidiano.

Em meio ao caos da guerra, a vida se torna frágil, onde a diferença entre estar vivo ou morto pode ser uma questão de segundos. Mães como Olha vivem com o medo constante de ficarem presas sob os escombros de suas casas com os filhos, enfrentando pesadelos recorrentes que a atormentam. O pânico de ser soterrada é avassalador.

Natalia Bilohryshchenko, que lidera o departamento de educação pré-escolar em Kharkiv, Ucrânia, descreve a adaptação e a luta por sobrevivência em tempos turbulentos. Ela testemunha o retorno dos professores à rotina, comemorando o reencontro com as crianças. A esperança de ver os pequenos crescerem em paz em seu país mantém viva a determinação.

Em um momento de emoção contida, Natalia desabafa sobre a triste realidade que assola a região. As lágrimas revelam a dor e a incerteza, mas, mesmo na adversidade, ela encontra forças para acreditar que tudo ficará bem. Um vislumbre do futuro é projetado, com a promessa de mostrar jardins de infância em sua normalidade quando a paz finalmente se instaurar.

Enquanto a guerra assola Kiev, cidadãos comuns são forçados a se refugiar em locais inusitados, como estações de metrô, durante os bombardeios russos que assombram a cidade. A população vive sob constante ameaça, restando apenas a esperança de um amanhã mais seguro e pacífico.






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